"Até o princípio do século XX, havia certas certezas, certos paradigmas. A partir da modernidade, da teoria da relatividade, do Einstein, do teatro do absurdo, de Beckett e Ionesco, a partir dos questionamentos de Nietzsche, depois Focault e Derrida, os paradigmas entraram em colapso. Alguns artistas e muitas pessoas, ao invés de analisarem essas mudanças de paradigma, mergulham nisso de cabeça e irracionalmente. Acabam decretando que não existem princípios, não existe verdade, não existe sistema. Qualquer coisa é arte. Isso é um dos grandes equívocos do século XX." Do escritor Affonso Romano de Sant'Ana, em entrevista hoje no no O POVO, no caderno Vida & Arte. A crítica que ele faz às artes, pode ser estendida a quase tudo: da política ao jornalismo.
E tem mais: "A pergunta é: o artista é um cidadão acima de qualquer suspeita? Ele está acima da ética? Me parece que não. Nenhum profissional, em nenhuma área, com um mínimo de sentido de cidadania, pode se considerar acima da ética."
Pelo jeito, vai valer a pena ver a palestra dele "O problema da autonomia do sujeito na arte e na sociedade", hoje às 18h30min, na abertura da Semana de Humanidades Uece/UFC, no auditório da reitoria desta.
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