A Folha de S. Paulo [Ilustrada], traz na edição de hoje [26/4/2009] reportagem sobre uma biografia de Walt Disney [aqui, para assinantes]. O livro desfaz alguns mitos sobre o pai do Mickey e confirma outros. De fato, ele tinha uma personalidade tirânica, era anticomunista; não há provas que ele tenha sido antissemita. Mas, acima de tudo, segundo o livro, era um criador genial, capaz de produzir milhares de desenhos a mais para obter uma animação com movimentos realistas. O autor do livro - Walt Disney: o triunfo da imaginação americana - é Neal Gabler, que consultou milhares de documentos inéditos para escrevê-lo.
Se a memória não me trai, e ela sempre nos prega peças, a primeira obra que li foi um gibi do Mickey, em cuja história ele visitava uma tribo de índios. Eu devia ter uns seis anos, fazia uma viagem de trem com meu pai, e ele comprou a revista de um dos funcionários da ferrovia que passavam oferecendo as coisas mais diversas pelos corredores dos vagões.
Quando Disney morreu, em 1966, eu tinha 10 anos - e levei um choque -, pois achei que nunca mais veria um desenho feito por ele ou uma história inédita. Na minha compreensão infantil, eu via aquele homem, noite após noite, desenhando e escrevendo, sozinho, cada uma daquelas fantásticas histórias.
Um pouco mais crescido, passei para leituras mais "adultas", tornei-me admirador do Sr. Walker, mais conhecido como Fantasma, o espírito que anda, de seu amigo Guran [o pigmeu da tribo bandar], do seu lobo de estimação, Capeto, e do se cavalo banco, Herói. [A propósito, quando começaram a maldar dos super-heróis, Fantasma foi o primeiro a se casar, com a sua namorada, a srta. Diana Palmer; mas, por essa época, eu já não participava mais de suas aventuras.]
Hoje, quando vejo alguns pais condenarem jogos eletrônicos ou o uso computador, pois estes "desviariam" os filhos de coisas mais importantes, lembro que, quando criança havia a mesma lenga-lenga a respeito dos gibis. Felizmente, meus pais nunca proibiram; como eu tinha pouca grana, participava de uma feira de troca que ocorria, a cada domingo, antes do início das matinés do Cine Fernandópolis. Foi graças aos gibis que eu me tornei um leitor.
Se a memória não me trai, e ela sempre nos prega peças, a primeira obra que li foi um gibi do Mickey, em cuja história ele visitava uma tribo de índios. Eu devia ter uns seis anos, fazia uma viagem de trem com meu pai, e ele comprou a revista de um dos funcionários da ferrovia que passavam oferecendo as coisas mais diversas pelos corredores dos vagões.
Quando Disney morreu, em 1966, eu tinha 10 anos - e levei um choque -, pois achei que nunca mais veria um desenho feito por ele ou uma história inédita. Na minha compreensão infantil, eu via aquele homem, noite após noite, desenhando e escrevendo, sozinho, cada uma daquelas fantásticas histórias.
Um pouco mais crescido, passei para leituras mais "adultas", tornei-me admirador do Sr. Walker, mais conhecido como Fantasma, o espírito que anda, de seu amigo Guran [o pigmeu da tribo bandar], do seu lobo de estimação, Capeto, e do se cavalo banco, Herói. [A propósito, quando começaram a maldar dos super-heróis, Fantasma foi o primeiro a se casar, com a sua namorada, a srta. Diana Palmer; mas, por essa época, eu já não participava mais de suas aventuras.]
Hoje, quando vejo alguns pais condenarem jogos eletrônicos ou o uso computador, pois estes "desviariam" os filhos de coisas mais importantes, lembro que, quando criança havia a mesma lenga-lenga a respeito dos gibis. Felizmente, meus pais nunca proibiram; como eu tinha pouca grana, participava de uma feira de troca que ocorria, a cada domingo, antes do início das matinés do Cine Fernandópolis. Foi graças aos gibis que eu me tornei um leitor.
Creio haver um certo exagero atualmente em relação a histórias, músicas infantis, jogos eletrônicos etc.. A depender das histórias e das músicas que fizeram parte do meu imaginário infantil, hoje eu daria pauladas em gatos, morreria de trabalhar como uma formiga, viveria à cata de um príncipe encantado, teria me casado com um sapo só pra ver o resultado e morreria de insônia com medo do boi da cara preta...
ResponderExcluirMas, não! Hoje reconto as histórias e lanço um olhar crítico e, por que não, sorridente, em relação a elas. Há quem se casa com um sapo, na doce ilusão de transformá-lo e acaba por descobrir que ele não passa de um sapo mesmo! A cigarra virou cantora e joga na cara da formiga que esse negócio de trabalhar sem criatividade não leva ninguém pra frente. Espero que a formiga haja aprendido que trabalhar continuamente sem nunca se dispor a tamborilar umas bobagens no teclado, como estou fazendo agora, não leva ninguém pra frente. Quanto ao gato, ele comprovou realmente ter sete vidas. Apesar das pauladas, não morreu,reu,reu... Dona Chica,ca,ca deve hoje ter mil e um motivos para se admirar diante da violência gratuita que há fora das histórias e canções infantis.As histórias, canções, novelas, peças teatrais apenas imitam a vida e inserem um fantasia que nos faz sonhar e refletir.
frequentei muito a "feira" de troca de gibis do cine Fernandopolis. Não perdia um domingo. kkk torolim@ig.com.br
ResponderExcluirCaramba! Fiz isto também. Muitas vezes pegava minha coleção de gibis e ia trocar com as outras pessoas, tambem da minha idade ou mais velhas. Hoje o Cine Fernandópolis virou lojas comerciais. O cinema agora é no Shopping. Bons tempos aqueles.
ResponderExcluir